FREUD E A BÍBLIA
A nossa época é caracterizada por uma influência das teorias freudianas na igreja cristã.
O avanço é tão alarmante que líderes religiosos de todas as denominações cristãs estão procurando respostas para o problema humano e em particular de suas ovelhas, fora da Bíblia.
É cada vez maior o número de líderes religiosos que têm procurado os cursos de formação rápida de psicanálise tentando conciliar Freud com a Palavra de Deus.
Trata-se de uma tarefa impossível, pois é gigantesca a distância entre as doutrinas cristãs e as teorias de Freud.
Tentar aliar os conselhos da psicologia freudiana à sã doutrina da teologia bíblica é o mesmo que tentar unir o chão que pisamos com as nuvens do céu.
Para sustentar suas teorias ímpias, Freud argumenta que “o inconsciente é a maior força motivadora que subjaz todo o comportamento humano”, ou seja, o inconsciente de uma pessoa guia mais o seu comportamento que a sua mente consciente.
Esta tese de Freud é antibíblica, porque se o homem é guiado pelo inconsciente e não pela razão consciente, isto deixa a humanidade sem nenhum parâmetro para a responsabilidade moral.
Desse modo, mesmo que uma pessoa cometa o pior crime, pode alegar que é vítima do desconhecido inconsciente. Em Romanos 1:21 a Bíblia diz que os homens “se tornaram nulos em seus próprios raciocínios”. Portanto, não são as forças inconscientes que forçam a pessoa ser e fazer o que faz, mas a razão consciente.
Freud ainda afirma que “tudo que já aconteceu a uma pessoa é localizado em sua mente inconsciente”. Ou seja, para Freud a mente inconsciente seria um mecanismo ativo determinando tudo quanto a pessoa é e será.
Nesse caso, a mente inconsciente passa a ser uma espécie de “deus” interior. Portanto, a terminologia “mente inconsciente” é mais uma forma do homem fugir de Deus para as fantasias e ilusões de sua própria mente, numa tentativa de criar deuses a sua própria imagem e semelhança.
Isso se encaixa perfeitamente no que o apóstolo Paulo diz em Romanos 1:22, 23: “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis”.
Outra invenção de Freud que influenciou profundamente a sociedade e agora está seduzindo a igreja cristã é a ideia de que “para todos os propósitos práticos, a personalidade adulta está formada ao fim do quinto ano de vida passando por certos estágios psicossexuais de desenvolvimento que determinam que tipo de personalidade ele ou ela terá quando chegar à idade adulta”.
A simples observação do que ocorre na vida real pode mostrar a falácia desta tese que não tem nada de científico. Há pessoas cujos primeiros cinco anos de vida foram vividos em um ambiente onde elas não sofriam nenhuma frustração do ponto de vista humano, e, no entanto, se tornaram adultos tremendamente problemáticos, fracassados e infelizes.
Por outro lado, há casos de pessoas cujos primeiros anos de vida foram marcados por frustrações, medos, pânicos, carências de toda espécie, e, no entanto, se tornaram adultos bem ajustados, realizados e felizes.
Isso mostra que o destino das pessoas está primeiramente nas mãos do Deus Todo Poderoso que fez os céus e a terra, e que pode fazer o fraco ser forte e o forte ser fraco.
Na verdade, o que determina o futuro de alguém não são os primeiros anos de vida, e sim a sua relação com o Deus vivo, o Deus da Bíblia, que em Jesus Cristo pode transformar qualquer fracassado num sucesso.
Outra tese freudiana é que “se quisermos experimentar mudanças significativas devemos lembrar e experimentar novamente incidentes dolorosos no passado”.
É importante saber que foi por meio de “memórias” de experiências passadas, despertadas em seus pacientes sob a influência da hipnose, que Freud desenvolveu suas teorias.
Foi por meio da regressão hipnótica que ele “descobriu” que seus pacientes “eram impulsionados por ideias, sensações e emoções que haviam sido reprimidas e sepultadas desde a infância”.
O apóstolo Paulo diz em Coríntios 5:7 “se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”.
Assim, aquele que teve seu passado, presente e futuro resolvidos em Cristo, deve esquecer o passsado e avançar, a partir do presente, para o futuro que o Senhor lhe tem garantido.
A Bíblia não registra um profeta, um sacerdote ou apóstolo lidando com sensações e emoções sepultadas ou reprimidas na infância.
Freud via a solução dos problemas presentes numa constante volta psicanalítica ao passado. Lamentavelmente a metodologia humanista, antibíblica e anticientífica de Freud encontrou espaço na igreja cristã pós-moderna através da chamada “terapia de regressão”.
O que liberta o homem de traumas passados não são experiências humanistas, mas sim, e tão somente, a obediência à palavra de Deus, conforme João 8:32 “e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Freud dizia: “o comportamento presente do homem é determinado por conflitos não resolvidos na infância”.
Em Gálatas 6:7 lemos: “não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. Segundo a Bíblia, o comportamento presente do homem pode ser afetado por qualquer pecado feito em qualquer época, seja na infância, adolescência, juventude, fase adulta, meia idade ou velhice, que não tenha sido tratado de modo bíblico, isto é, baseado em arrependimento, restituição e reconciliação.
Os princípios de Deus contidos na Bíblia são inerrantes. Por isso, eles são a rota certa para todo os homens. Todas as rotas da teoria freudiana são enganosas, superficiais e passageiras, mas na rota de Deus encontramos gozo verdadeiro e duradouro – “o que me consola na minha angústia é isto: que a tua palavra me vivifica” (Salmos 119:50)
(Neuere Theologiegeschichte)
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