CENTRO MISSIONÁRIO – S.B.T.
Studiis Biblicis et Theologicis
Compreendendo o Reino dos Céus
O Reino dos Céus, um filme de Ridley Scott lançado em 2005, trata de conflitos para controlar e manter a paz na cidade de Jerusalém. Tanto na Idade Média como nos dias de hoje, muitas pessoas têm entendido o Reino de Deus como uma entidade política e material. Milhões ainda acreditam que Jesus voltará à terra para estabelecer um reino com um exército físico e território geográfico. Seu conceito do reino é material e terrestre.
Um entendimento correto do Reino de Deus não vem do cinema, nem das especulações humanas sobre os planos de Deus para o futuro. Para entender a natureza desse reino, precisamos examinar os ensinamentos sobre o assunto nas mensagens reveladas pelo Senhor nas Escrituras.
O Novo Testamento fala repetidamente do reino de Deus ou do reino dos céus. Esse reino foi o tema da pregação de João Batista, o precursor de Jesus. Quando João começou a anunciar a mensagem do Senhor no deserto da Judeia, ele dizia: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2). Pouco tempo depois, Jesus iniciou seu ministério com a mesma mensagem: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 4:17).
Estudo Bíblico Teológico
O que é Trindade? A existência de três seres “coeternos” sem hierarquia entre eles sendo os mesmos um só.
I Quem é Deus? Ele é realmente uma Trindade?
Em Mateus 11:25, temos a resposta para esta pergunta. “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos”. (Único, não há outro. Deus, o Pai, é o único Senhor do céu e da Terra.) Soberania do Pai, daí a soberania de Deus sobre todas as coisas. Vejamos! João 14:28 “Ouvistes que eu vos disse: Vou, e venho para vós. Se me amásseis, certamente exultaríeis porque eu disse: Vou para o Pai; porque o Pai é maior do que eu”. Esta afirmação clara, é feita por Jesus, revelando que o Pai é superior a ele.
Vejamos ainda, I Coríntios 8:4-6 4. Assim que, quanto ao comer das coisas sacrificadas aos ídolos, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. 5. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores,) 6. Todavia para nós há um só Deus, o Pai, (para nós os cristãos) de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. O Pai maior que o Filho. Temos aqui a declaração categórica das Escrituras que existe um só Deus, o Pai, e um só Senhor, Jesus Cristo. Vejamos ainda o que diz Jesus sobre esse assunto em João 17:1a, 3 Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai… E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. A Bíblia não dá margem para que haja um outro ser soberano como o Pai. Deus não é uma Trindade.
II O que é Trindade? Atualmente, crê-se que trindade seja a e existência de três seres “coeternos” sem hierarquia entre eles sendo os mesmo um só. É ilógico que três, na mesma posição hierárquica seja um sem termos três iguais, nesse caso três deuses. (Numa matemática lógica, se o Pai é totalmente Deus, o Filho totalmente Deus, e o Espírito Santo totalmente Deus, querendo ou não temos TRÊS DEUSES.)
A resposta teológica para essa justificar pergunta é que Deus não é um Deus pessoal, mas uma Essência que permeia três seres. A base dessa afirmação segunda a teologia trinitária é a palavra hebraica (Elohym), abrindo um parêntesis, se Deus não é pessoa é um paradoxo acreditar em três pessoas, daí afirmarem que é um mistério. O Mistério da Trindade. Voltando ao termo hebraico. Elohym no hebraico é plural, porém plural majestático, vejamos Êxodo 7:1 – Neste texto temos o mesmo termo Elohim, que é usado para Deus no início da criação. 1. Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta. Aqui, temos claramente o mesmo termo Elohym, aplicado tanto a Deus como a Moisés e Moisés era uma só pessoa, correto? O próprio Deus diz: ”Moisés, tenho te posto por Elohim sobre faraó. (Plural majestático). Temos como comprovar esta verdade em Êxodo 11:3. E o SENHOR deu ao povo graça aos olhos dos egípcios; também o homem Moisés era mui grande (= Elohim) na terra do Egito, aos olhos dos servos de Faraó e aos olhos do povo. (Mui grande = majestoso sobre o povo) assim não é possível afirmar que Elohym signifique mais de uma pessoa, e mesmo se significar serão duas, e não três.
Atenção: O fato de Deus Elohim, ter dito” façamos, não significa que haja um outro deus ou mais deuses presentes; significa sim, que ele falou com outra pessoa divina, já que usa a expressão à nossa imagem e semelhança. Essa é uma conversa que pode muito bem ter sido feita, aliás, foi feita com o Filho, divino como o Pai, mas Filho, não um outro deus igual ao Pai. Ainda é bom lembrar que façamos não quer dizer que havia três pessoas, duas já justifica o uso do verbo no plural. Assim mantemos a soberania de Deus e não transgredimos o Sh’mah (Shemá Yisrael Adonai Elohêinu Adonai Echad! – Escuta ó Israel, Adonai nosso Deus é Um!). Lembremo-nos que o primeiro mandamento é: Não terás outros deuses diante de mim! Mim não é nós. Refere-se ao Pai. Ao Ancião de Dias.
III Quem é Jesus Cristo? Ouçamos primeiro o que diz Deus a respeito de Jesus, em Mateus 3:17 “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Diante desta afirmação nos convém saber o que significa ser Filho de Deus. Vejamos isso em João 5:18. 18. Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. Ser Filho de Deus é ser igual a Ele. Igual, em natureza, em caráter, em propósito. Da mesma forma que filho de humano, humano é, não mais nem menos, por ser filho, mas igual, ou seja, totalmente humano e não meio humano. Jesus aqui afirma a sua divindade, isto é, ser totalmente divino. Eis a segurança da nossa salvação, a sua filiação. No verso áureo da Bíblia, temos a maior prova de amor já vista. (João 3:16): 16 – Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Precisamos aqui, saber o que significa a palavra, unigênito. Unigênito = único gerado da mesma espécie. O único que pode penetrar os propósitos de Deus. Como o Pai ele também é o único no universo. Somente ele poderia vir dar a vida por nós, por ter total divindade em si mesmo. Vejamos o que diz a Bíblia em (Colossenses 1:19) 19 – Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse. O Soberano do universo concedeu a seu filho toda a plenitude da sua divindade. Ele herdou de seu pai todo o poder. (Vejamos o que diz Mateus 28:18): 18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
A afirmação é clara, o Senhor do céu e da terra, deu a seu Filho todo o poder no céu e na terra. Este fato aconteceu quando por ocasião da sua ressurreição, falou a Maria Madalena dizendo: Não me detenhas porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. ” (João 20: 17) – O nosso Pai e Deus é Pai e Deus de Jesus. Ele sobe recebe todo o poder e desce. Não é correto afirmar que Jesus aqui ainda não tinha sido glorificado como dizem alguns. – Após este episódio ele aparece na tarde daquele mesmo dia aos discípulos, envia-os e sopra sobre ele o Espírito Santo, e finalmente no monte, na Galileia, Jesus lhes diz: É-me dado todo o poder no céu e na terra. (Mt 28:18) Ainda em Apocalipse 3:12 temos afirmada a soberania de Deus e a submissão de Jesus já glorificado. Apocalipse 3:12 12. A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. Temos neste texto, portanto, a Soberania do Pai e a Submissão do Filho. Portanto negar a soberania do Pai é transgredir o mandamento, em outras palavras, colocar Cristo em pé de igualdade com o Pai, ou seja, como “coeterno” é quebrar a sua filiação e assim se cria mais um Deus.
Este problema só é resolvido quando entendemos que o Pai entregou todas as coisas ao filho, isto não cria mais um Deus, pois Deus continua o Soberano e Cristo o Senhor com todo o poder no céu e na terra. Vejamos mais um texto que nos esclarece esta realidade. (I Coríntiosnt 11:3): 3 – Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. É-nos, necessário entender a hierarquia entre Deus o Pai, e Jesus o Filho, para não criarmos mais um Deus e transgredirmos o mandamento.
A este Senhor devemos Adoração => Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai se não por mim. Só poderemos adorar a Deus se adorarmos a Cristo. (Sem mim nada podeis fazer.) Na Bíblia só encontramos adoração a Deus e ao Cordeiro, a Deus e ao seu Filho. Ap 14:7
IV Q uem é o Espírito Santo? (Mateus 28;19): 19 – Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Antes de mais nada quero deixar claro que devido os atributos humanos, além dos divinos, o Espírito Santo é uma pessoa e em hipótese alguma uma essência ou uma força. O que temos que entender é quem é o Espírito Santo. Vejamos então. (Mateus 28:18-19): 18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. 19. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.
(*** Este texto é questionado por estudiosos da Bíblia como acrescentado, porém isso só é questionado por alguns, judeus, porém, o texto de I João 5:7, todos concordam que foi inserido no contexto, por que não há este texto em nenhum original. – (I João 5:7 7 – Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um.)
Perguntas pertinentes: Qual é o nome do Pai? Jeová. Qual é o nome do Filho? Jesus. Qual é o nome do Espírito Santo…?
João batizava com água e Cristo batiza com o Espírito Santo. (Atos 1:5): 5 – Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias.). (Atos 19:1-5): “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos, Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus”.
Vejamos então agora quem é o Espírito Santo: 2Coríntios 3;17 “Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”. Quem é o Espírito? 2Coríntios 3;17 “…o Senhor é o Espírito… E quem é o Senhor? 2Coríntios 4:5 “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus”. (O Senhor é o Espírito e Cristo Jesus é o Senhor! A pessoa do Espírito Santo é Jesus Cristo que não nos deixou, órfão, voltou para nós e estará conosco até a consumação do século.)
Apocalipse 3:14 “E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus = Jesus, gerado pelo Pai, antes da fundação do mundo. Apocalipse 3:21 “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. Quantos tronos temos aqui? Somente o trono do Pai e d Filho, dois. Apocalipse 3:22 “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Quem ditou a carta? Quem falou às igrejas? Jesus Cristo, o Espírito.
Vejamos essa verdade de uma outra maneira, a profética e seu cumprimento. Atos 1:16 “Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus; Vejamos o que o Espírito Predisse: Salmos 41:9 “Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar”. Na profecia Judas era amigo do Espírito, certo?
O cumprimento dessa profecia dá-se com Cristo, vejamos – João 13:18 “Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar”. Quem fala aqui é Jesus Cristo, O Espírito Santo que falou pela boca de Davi na profecia. Diante dessas evidências podemos afirmar que o Espírito Santo é Jesus.
V Por que então Jesus fala, o “Outro Consolador”? João 14:16-18 “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós”. (Não segunda vinda)
Outro Consolador? Seria o próprio Jesus? Vejamos a palavra Outro = Mim e descubramos que Jesus falou de si mesmo. João 20:2 “Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram”. Quem é o discípulo que Jesus amava? João. E que está escrevendo esse texto? João. Da mesma forma que João se refere a si mesmo com a palavra outro, também o faz Jesus. Outro exemplo: E o Filho do Homem virá…, evitando dizer: E eu virei… Jesus usava tais expressões para se referir a si mesmo, evitando indicar a sua pessoa diretamente. Em português temos o mesmo recurso linguístico, chamado de “plural de modéstia”, quando usamos o pronome na primeira pessoa plural (nós, nos) ao invés da primeira pessoa singular, (eu, me). Portanto o outro aqui é o próprio João que estava falando de si mesmo como fez o próprio Jesus, quando disse o outro Consolador.
Foi por esta razão que ele afirmou em João 14:17-18 – O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, (presente), porque habita convosco, (presente), e estará, (futuro), em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. (Jesus). Não é da segunda vinda que ele está falando, uma vinda concreta, mas de uma vinda espiritual para estar conosco. Em João 14:20 “Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós”. Daí a justificativa para a afirmação de Jesus: Se eu não for o consolador não virá. Após sua ida ao céu enviaria o seu Espírito para que não ficássemos órfãos e tivéssemos um Consolador.
Vejamos esta verdade em Filipenses 1:19 “Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo. Espírito de Jesus Cristo, não um outro ser. Para nos consolar e nos socorrer é necessário que tenha vivido conosco, que conheça as nossas dificuldades. (Temos um Mediador, um Advogado e um Consolador.) Esta revelação nos é feita por João. I João 2:1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”. (Paracleto) = (Advogado). Ele conquistou esse direito na cruz.
Então como se explica a saudação paulina mencionada em três pessoas? 2Coríntios 13:13 Continuando=> “A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo seja com todas vós. Amém”. A palavra em questão aqui é comunhão e por isso precisamos saber o que ela significa. Comunhão = comum união. O nosso espírito e o Espírito do Pai e do Filho em comunhão conosco. João 17:20-21 “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, (Em nós quem? No Pai e no Filho, duas pessoas.) para que o mundo creia que tu me enviaste”. (Temos aqui só duas pessoas).
João 17:22-23 “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, (o Consolador) e tu em mim, (O Pai em Cristo e Cristo em nós.) para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim”. I João 1:3 “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”. (Aqui também não há uma terceira pessoa com a qual devemos ter comunhão.)
Considerando agora, Gn 1:2 que fala da Criação: “E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Seria esse Espírito uma terceira pessoa? Vejamos esta resposta em João 1:1, também fala da Criação: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. (Quantas pessoas? Duas.) Quem era o Verbo? Jesus Cristo, que estava com Deus e era Deus, lembrando que o que o Pai tem o Filho igualmente tem. Um só espírito, do Pai e do Filho.
Outro texto que fala da Criação: Provérbios 30:4 “Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes? ” (Quantas pessoas? A pergunta do texto é qual o seu nome e o nome de seu filho, novamente duas pessoas.) Pai e Filho, porém um só Espírito. Esse Espírito único dos dois se vê claramente no batismo de Jesus. Mateus 3:16-17 “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus (portanto o Espírito do Pai), descendo como pomba e vindo sobre ele. (Não é outro, é o Espírito de Deus.) E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
João 14:10 “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. (Pai e Filho com o mesmo Espírito). Vejamos ainda: Isaías 61:1 “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; ”
(No Batismo, quando o Espírito de Deus desce sobre Ele o unge, para o ministério.) João ao batizá-lo diz: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Cordeiro = Cristo – O que era sacrificado no templo? O cordeiro. Quem tinha condição de oferecer um cordeiro? Os mais ricos. E quem não tinha condição de oferecer um cordeiro, oferecia o que? Pombinhas ou rolinhas. (Lv 5:7) – E por que ofereciam pombinhas ou rolinhas? Porque era símbolo da humildade de Cristo. A simbologia ali, cordeiro e pombinha, não representava uma segunda e terceira pessoas, mas o próprio Cristo. Portanto, o Pai no céu e o Filho na Terra unidos pelo mesmo Espírito. Duas pessoas.
Vejamos agora Mateus 12:32 “E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.
Como explicar essa questão? Seria o Espírito Santo maior do que Jesus Cristo, maior do que o Pai? Para explicar este texto usaremos Apocalipse 5:6 “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra”.
Um Cordeiro com 7 = plenitude, chifres = poder, logo o Cordeiro tem a plenitude do poder = onipotência.
Tem também 7 = plenitude, olhos = presença, assim o Cordeiro possui também a plenitude da presença = onipresença.
Os sete Espíritos de Deus = a plenitude de Deus, ou seja, onisciência, onipresença e onipotência, logo o Cordeiro é onipotente, 7 chifres, onipresente, sete olhos, e onisciente que são os sete Espíritos de Deus, sendo assim Todo Poderoso. Assim concluímos que o Espírito ora fala, ora, geme, ora intercede, ora cai sobre, ora é derramado, porque ele é ora o poder, ora ele é a presença. Atos 11:12 “E disse-me o Espírito…, ” A manifestação aqui falou, então não pode ser o poder e sim a presença. Atos 11: 15 “E quando comecei a falar, caiu sobre eles o Espirito Santo, como também sobre nós ao princípio. Já aqui, não pode ser uma pessoa, pessoa não cai, não se derrama, mas o poder sim. Entendendo que o Espírito divino é o poder e também a presença, entenderemos melhor a variação de linguagem que a Bíblia usa quando fala do Espírito. Ou seja, ele é o poder de Deus e o próprio Deus ou seu Filho.
Voltemos agora ao nosso contexto do pecado contra o Espírito Santo. Mateus 12:27-28 (Jesus, nesta ocasião, estava operando um milagre de cura e libertação e a questão aqui, é o poder pelo qual os demônios eram expulsos, pois os líderes da igreja da época afirmavam que Jesus operava esses milagres por Belzebu, isto é, o poder usado por Cristo não vinha de Deus mas de Satanás.) Vamos ao texto: “E, se eu expulso os demônios por Belzebu, por quem os expulsam então vossos filhos? Portanto, eles mesmos serão os vossos juízes. Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, (ou seja, pelo poder de Deus) logo é chegado a vós o reino de Deus”. [E vocês estão rejeitando] = blasfêmia contra o E S = Poder ou Presença de Deus, o Cristo, toda a obra de salvação que Deus preparou para a remissão do homem de seus pecados. A dureza de coração = pecado contra o Espírito Santo.
Voltemos à Soberania Final => I Coríntios 15:26-28 26. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte. (Final) 27. Porque todas as coisas, sujeitou debaixo de seus pés. (Cristo) mas, quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. (Deus) 28. E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará àquele que todas as coisas, lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos. Soberania total do Pai!
Vejamos agora a Adoração Celestial Apocalipse 5:13-14 “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que estão no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre”. (Somente ao Pai e ao Filho).
Desta forma podemos concluir que Deus não é uma trindade e que existem duas Pessoas Divinas que devem ser adoradas com um mesmo Espírito Santo.
(Zeitgenössische orthodoxe Theologie)
O que a Bíblia ensina sobre a Organização da Igreja?
A divisão e a confusão que existem no mundo religioso em nossos dias são contrárias à oração de Jesus na noite anterior à sua morte (João 17:20-21). Há centenas de denominações ensinando e praticando coisas diferentes. Sabemos que Deus não criou essa confusão. O modelo que ele dá na Bíblia não é difícil de entender, nem impossível de praticar.
O problema é que séculos de “modificações”, “tradições” e “melhoramentos” humanos anuviaram nossa visão da simplicidade do plano original revelado pelo Espírito Santo no Novo Testamento. Em lugar nenhum isto é mais evidente do que na diversidade dos planos de organização de igrejas. Neste estudo, quero desafiar cada leitor a tentar deixar de lado tradições humanas e ideias preconcebidas para ver claramente a simplicidade do padrão do Novo Testamento de organização de uma igreja. Tão certamente quanto os primitivos cristãos foram capazes de organizarem-se em agrupamentos que funcionam conhecidos como igrejas locais, os sinceros seguidores de Jesus podem fazer o mesmo hoje em dia. Mas como? Como em todas as outras facetas da vida, precisamos por de lado nossas preferências, opiniões e políticas, para humildemente estudar e aplicar o ensinamento das Escrituras (Tiago 1:21-25).
O Modelo de Organização de Igrejas Locais no Novo Testamento
Precisamos começar por um entendimento básico da ideia bíblica de uma igreja. No Novo Testamento, uma igreja é simplesmente um grupo de cristãos que seguem a Cristo. A palavra pode ser usada para falar de todos aqueles que servem ao Senhor, não importa onde estejam (Hebreus 12:22-23). É frequentemente usada para descrever grupos locais de discípulos que se encontram para adorarem, para edificarem uns aos outros e para proclamarem o evangelho de Jesus. É neste sentido que lemos sobre a igreja em Antioquia da Síria (Atos 13:1), sobre as igrejas em Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia (Atos 14:21-23), sobre a igreja em Éfeso (Atos 20:17), a igreja em Corinto, (1 Coríntios 1:2; 2 Coríntios 1:1), as igrejas na região da Galácia (Gálatas 1:2) e a igreja dos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 1:1; 2 Tessalonicenses 1:1).
É neste ambiente de igrejas locais que encontramos homens escolhidos para supervisionar e guiar. Os sistemas comuns de superestruturas de denominações, de ligas internacionais de igrejas e de hierarquias que ligam e até governam milhares de igrejas locais, são invenções dos homens. Não há modelo bíblico de tais arranjos. No Novo Testamento, os cristãos serviam juntos em congregações locais. Eles eram gratos pelos seus irmãos em outros lugares, mas não tentavam criar algum laço de organização onde os cristãos de um lugar pudessem dirigir ou governar o trabalho de discípulos de outro lugar. Veremos este modelo mais claramente quando considerarmos o ensinamento específico sobre a organização de uma igreja local.
Conforme se espalharam pelo mundo, partindo de Jerusalém, cada cristão levou o evangelho a outras pessoas. A semente (a palavra Lucas 8:11) foi plantada e produziu fruto (cristãos Lucas 8:15; 1 Coríntios 3:7). Estes novos discípulos começaram a adorar e a trabalhar juntos no serviço de Deus (Atos 2:44; 16:40). Em cada cidade onde homens e mulheres obedeciam ao evangelho, as igrejas eram formadas (Atos 14:21-23). As igrejas se reuniam regularmente para participar da Ceia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 11:20-34), para servir a Deus e edificarem uns aos outros (1 Coríntios 14:26; Hebreus 10:23-25). Os membros destas igrejas locais contribuíam voluntariamente para a obra que Deus incumbiu à congregação (1 Coríntios 16:1-2; 2 Coríntios 9:7).
A Supervisão da Igreja Local
Quando estas congregações se formaram, eram grupos de recém-convertidos que tinham que crescer (1 Coríntios 3:1-2). Quando amadureciam, desenvolviam-se homens que satisfaziam às qualificações exigidas por Deus para prover supervisão a essas congregações. Esses homens eram selecionados para servirem como presbíteros (Atos 14:23). A Bíblia também usa a palavra bispo para descrever os mesmos homens, e diz que o seu papel é pastorear (Atos 20:17, 28; 1 Pedro 5:1-2). A distinção que muitos grupos religiosos fazem entre pastores, bispos e presbíteros não é baseada na Bíblia. Estes presbíteros serviam na igreja local para pastorear “o rebanho de Deus”, no meio do qual estavam, (1 Pedro 5:1-2).
Sua responsabilidade e autoridade para supervisionar não iam além do rebanho local. Não há nenhuma base bíblica para presbíteros de um local supervisionarem uma igreja em outro local. É também interessante e importante observar que as passagens que falam de bispos, presbíteros ou pastores nunca falam de apenas um servindo numa congregação. O modelo do Novo Testamento é ter uma pluralidade de bispos numa igreja local (Filipenses 1:1). Deus não autorizou nenhum homem a supervisionar sozinho, uma igreja local.
Qualificações de Presbíteros/Pastores/Bispos
Duas passagens indicam claramente as qualificações que um homem tem que possuir para servir como bispo (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). Nenhum homem que não possua todas estas qualificações deverá ser selecionado para servir como presbítero/pastor/bispo. Antes de selecionar seus pastores, os membros da igreja local deverão estudar cuidadosamente estas listas para estarem certos de que tenham dois ou mais homens verdadeiramente qualificados. Paulo falou de qualificações familiares: esposo de uma só mulher governa bem a própria casa, tem filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Ele deu uma extensa lista de exigências espirituais e morais: irrepreensível, temperante, domínio de si, sóbrio, modesto, hospitaleiro, tem bom testemunho dos de fora, não dado ao vinho, não violento, cordato, inimigo de contendas, não avarento, não arrogante, não irascível, amigo do bem, justo, piedoso.
Um bispo precisa também ter experiência e capacidade para ensinar: apto para ensinar, não neófito, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. É claro que Deus quer homens espiritualmente maduros que se dedicarão aos seus irmãos para servir como presbíteros. Este não é o trabalho dos jovens, dos novos convertidos, ou homens que ainda não aprenderam a guiar suas próprias famílias, nem é papel atribuído a mulheres. Estas qualificações não se adquirem recebendo diplomas de cursos de seminários, mas dedicando-se ao serviço do Senhor.
Diáconos à Suas qualificações são encontradas em 1 Timóteo 3:8-12: “Quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis, de uma só palavra, não inclinados a muito vinho, não cobiçosos de sórdida ganância, conservando o mistério da fé com a consciência limpa. Também sejam estes primeiramente experimentados; e se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato . . . O diácono seja marido de uma só mulher e governe bem seus filhos e a própria casa.”
Evangelistas ou pregadores são homens que proclamam as boas novas de Jesus Cristo. Eles não têm papéis de autoridade ou supervisão na igreja, se não a pastorearem. Eles servem o Senhor como seus ministros e têm que ser completamente fiéis a sua palavra (2 Timóteo 4:1-5). A prática comum de chamar um pregador de “o pastor” e de lhe dar autoridade para governar uma igreja não tem base nas Escrituras.
A Simplicidade do Plano de Deus
Numa era quando muitas igrejas se assemelham a corporações multinacionais, o plano de Deus de organização de igreja parece muito simples. Contudo, seguindo este plano, qualquer grupo de crentes biblicamente batizados pode começar a adorar a Deus e a trabalhar unido como uma igreja local. Não precisam de treinamento em algum seminário. Não precisam de permissão de nenhuma diocese ou convenção. Não precisam filiar-se a nenhuma denominação ou liga de igrejas. Não precisam esperar que algum corpo eclesiástico lhes envie um pastor. Eles precisam é de um inabalável respeito à Palavra de Deus, e uma determinação a fazer tudo o que ele exige, e nada do que ele não autorizou. Que possamos amar bastante a Deus para retornarmos ao seu modelo!
O Que a Bíblia Ensina sobre a Igreja e seu Dinheiro?
O dinheiro está no âmago de muitos problemas das igrejas. Algumas delas enchem seus cofres, exigindo dízimos de seus membros para financiar estilos de vida extravagantes dos dirigentes da igreja. Muitos usam as economias da igreja para construir grandes empresas. É isto que Deus quer? Aqueles que verdadeiramente procuram seguir Jesus precisam buscar sua vontade no Novo Testamento. Ali encontramos tanto instruções dadas por apóstolos inspirados, como exemplos de como as igrejas obtinham e usavam o dinheiro no serviço do Senhor.
O que a Bíblia diz sobre as finanças da igreja
Ao entrarmos neste estudo, será útil lembrarmo-nos de dois princípios básicos sobre as igrejas do Novo Testamento: No plano de Deus, a igreja é um corpo espiritual, com uma missão espiritual. Muitos dos problemas das igrejas modernas, relacionados com dinheiro, são resultados de decisões humanas de deslocar o centro das atenções da sua missão espiritual para os interesses sociais, políticos ou comerciais.
No Novo Testamento, as igrejas locais eram autônomas, cada uma servindo independentemente sob a autoridade da palavra de Cristo. O Novo Testamento não fala de nenhum tipo de estrutura de organização ligando as igrejas locais. As hierarquias enormes das denominações, tão comuns nestes dias, nunca são encontradas no Novo Testamento.
Como as igrejas do Novo Testamento recebiam dinheiro?
Normalmente, das contribuições dos cristãos. As igrejas, geralmente, recebiam seu dinheiro de contribuições voluntárias dos membros. “Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1 Coríntios 16:1-2). “Pois nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que alguém tinha necessidade” (Atos 4:34-35). Paulo ensinava que os cristãos deveriam dar voluntariamente e com alegria: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2 Coríntios 9:7).
Em casos excepcionais, de outras igrejas. Em casos de necessidade, tais como aquela causada por severa fome na Judéia, as igrejas pobres receberam assistência financeira das mais prósperas congregações de outros lugares (Atos 11:27-30). É por isto que Paulo enviou instruções à igreja Coríntia (também mencionadas em Romanos 15:25-32) sobre as doações para ajudar os irmãos pobres de Jerusalém (1 Coríntios 16:1-4; 2 Coríntios 8).
Como as igrejas do Novo Testamento usavam seu dinheiro?
Para ensinar o evangelho. Sendo a missão principal da igreja espiritual, (1 Timóteo 3:15), não é surpresa que as igrejas do Novo Testamento usassem seu dinheiro para espalhar o evangelho. Exemplos deste emprego dos fundos arrecadados incluem o sustento financeiro de homens que pregavam o evangelho. (1 Coríntios 9:1-15; 2 Coríntios 11:8; Filipenses 4:10-18), e aos que serviam como presbíteros. (1 Timóteo 5:17-18). Para acudir os santos necessitados. Quando os cristãos pobres necessitavam de assistência, o dinheiro dado à congregação era usado para acudir àquelas necessidades (Atos 4:32-37; 6:1-4).
Aplicações: O que Deus autorizou para nossos dias?
A Bíblia registra tudo o que precisamos saber para servir a Deus de modo aceitável, (2 Pedro 1:3; Judas 3; 2 Timóteo 3:16-17), aqueles que hoje procuram servir ao Senhor praticarão somente o que é autorizado no Novo Testamento. Deus não nos deu permissão para tentar melhorar seu plano. O modelo do Novo Testamento pode parecer muito simples, e não sofisticados, às pessoas que estão rodeadas por imensos empreendimentos multinacionais, mas os fiéis precisam contentar-se em fazer a obra de Deus à maneira de Deus. Nossa missão não é juntar grande riqueza ou construir enormes organizações. Nossa missão é servir Jesus e mostrar a outros como fazer o mesmo. Os verdadeiros cristãos não estão interessados em competir com o mundo, mas simplesmente procuram agradar a Deus.
As igrejas que seguem o modelo do Novo Testamento receberão seu dinheiro de contribuições voluntárias dos cristãos. Nos casos de haver mais irmãos pobres do que a congregação é capaz de ajudar, elas podem também receber assistência de outras congregações. Este dinheiro será então dedicado à obra que Deus autorizou. A principal missão da igreja sempre será espiritual, alcançando os perdidos e edificando os salvos. Os recursos financeiros da igreja serão usados para completar sua missão de proclamar a pura mensagem do evangelho. Quando houver casos de necessidade entre os discípulos, a igreja pode usar suas economias para dar assistência. Quando as igrejas mais prósperas souberem de tais necessidades nas congregações mais pobres, elas poderão fazer como as igrejas da Galácia, Macedônia e Acaia fizeram e enviar dinheiro para ajudar seus irmãos mais pobres (veja 1 Coríntios 16:1; 2 Coríntios 8:1-4; 9:1-2).
Mais aplicações: O que Deus não autorizou para os dias atuais?
Já examinamos o modelo encontrado nas Escrituras. Dito simplesmente, as igrejas de hoje estão autorizadas a receber e usar seu dinheiro do mesmo modo que as igrejas do Novo Testamento, e não têm permissão de Deus para fazer mais do que isto. Aqueles que vão além da palavra de Cristo, para fazer o que não foi autorizado, pecam contra ele (1 Coríntios 4:6; 2 João 9). Em resumo, bastaria dizer que podemos fazer o que Deus permitiu, e nada mais. Mas algumas práticas se tornaram tão comuns que é fácil presumir que elas estejam certas, ainda que não tenham base nas Escrituras. Seria impossível fazer uma relação de todos os abusos do plano de Cristo, mas podemos examinar alguns exemplos para desafiar cada leitor a examinar tudo o que sua igreja pratica. Paulo disse: “Julgai todas as cousas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal” (1 Tessalonicenses 5:21-22). Aqueles que amam o Senhor não temerão uma investigação aberta e honesta de suas práticas, e abandonarão alegremente qualquer prática que Deus não aprovou.
Examinemos alguns exemplos de práticas que a Bíblia não autoriza:
Exigir dízimo. Muitas igrejas pregam que o dízimo é necessário hoje, e sugerem que aqueles que não dão 10% não serão abençoados por Deus. Eles deixam de fazer a distinção que Jesus e os apóstolos fizeram entre o Velho e o Novo Testamento. O dízimo era parte da Lei de Moisés, dada por Deus aos israelitas. Passagens tais como Malaquias 3:10, que é usada frequentemente para exigir o dízimo atualmente, foram escritas para os judeus alguns séculos antes que Cristo morresse para completar essa lei. Não estamos sob essa lei (Gálatas 3:23-25; 5:1-4; Romanos 7:6). Não há uma única passagem no Novo Testamento que autorize as igrejas a exigir dízimo.
Igrejas proprietárias de negócios. Longe da ênfase espiritual da igreja primitiva, algumas igrejas possuem e operam tudo, desde redes comerciais de televisão até lojas de roupas. O dinheiro contribuído pelos membros é investido em negócios, e os lucros então são usados para sustentar os demais programas da igreja. Este pode ser um modo eficaz de aumentar as rendas, mas não é bíblico.
A mudança de foco em coisas espirituais para coisas políticas e sociais.
É claro que cada seguidor individual de Cristo tem responsabilidade de praticar a justiça e ajudar aqueles que estão em necessidade (Efésios 4:28; Tiago 1:27). Além disto, a igreja tem responsabilidade de ajudar cristãos necessitados, (2 Coríntios 8:1-4; etc). As igrejas do Novo Testamento não eram instituições sociais que tentavam sustentar todo o mundo, nem era seu trabalho ganhar poder político ou providenciar divertimento ou escolas. As igrejas do Novo Testamento se dedicavam claramente a uma missão bem mais importante: a salvação e preservação das almas eternas. Continuemos nesta dedicação!
Substituindo o plano de Deus pelas organizações e planos humanos.
O plano da Bíblia é simples. A igreja local era suficiente para cumprir a obra que Deus lhe deu para fazer. Nada encontramos no Novo Testamento sobre sociedades missionárias, instituições educacionais ou sociais sustentadas pela igreja, etc. Não encontramos igrejas planejando grandes obras e depois pedindo fundos de outras congregações para completar seus planos. Cada igreja local era suficiente para cumprir sua missão dada por Deus.
Fazendo a obra de Deus à maneira de Deus
Quando buscamos servir o Senhor nas igrejas locais, vamos nos contentar em fazer a obra de Deus como ele instruiu. Cada esforço para “melhorar” o plano de Deus mostra uma falta de fé nele e na absoluta suficiência de sua palavra. Vamos confiar nele e vamos amá-lo bastante para obedecê-lo (João 14:15).
Atos, 15, Autoriza Conferências de Igrejas?
A grande maioria das igrejas de hoje não se preocupa com a questão de independência (ou autonomia) de congregações. Com o mesmo fervor de expansão de empresas multinacionais, elas procuram crescimento à base de hierarquias internacionais. Placas de igrejas incluem informações sobre ministérios e sedes. A ideia, de criar e manter laços entre congregações é tão espalhada que poucos fazem a pergunta fundamental: de onde veio tal sistema, “do céu ou dos homens?” (veja Mateus 21:23-27).
Um estudo do Novo Testamento mostra a independência de congregações. Mesmo na época dos apóstolos, estes faziam questão de ensinar a importância de resolver os assuntos de uma igreja naquele grupo. Convocaram a comunidade em Jerusalém para resolver o problema das viúvas (Atos 6:2-6). Quando Deus quis encaminhar Barnabé e Saulo na sua primeira viagem evangelística, o Espírito Santo comunicou diretamente aos irmãos em Antioquia e estes o obedeceram (Atos 13:1-3). Ao invés de pedir que os presbíteros de Jerusalém governassem as igrejas novas em outros lugares, Paulo e Barnabé promoveram a escolha de presbíteros “em cada igreja” (Atos 14:23). Paulo falou de presbíteros locais (Filipenses 1:1; Tito 1:5). Pedro disse aos presbíteros: “pastoreai o rebanho que há entre vós” (1 Pedro 5:1-3).
A independência de congregações se torna evidente, também, nas cartas às igrejas da Ásia em Apocalipse 2 e 3. Eram sete igrejas numa mesma região, mas as cartas revelam que cada uma tinha suas próprias características. As cartas não sugerem uniformidade imposta por alguma hierarquia. Sete igrejas autônomas enfrentavam seus próprios desafios, algumas fazendo bem melhor do que outras. Apesar de tantas evidências bíblicas, os homens continuam criando, mantendo e defendendo laços entre igrejas para manter uniformidade de doutrina e prática nas suas denominações. Alguns, buscando desesperadamente algum tipo de apoio nas Escrituras, recorrem a Atos 15. Dizem que encontraram uma conferência com representantes de várias congregações estabelecendo uma doutrina uniforme para todas as igrejas.
Tal interpretação foge do contexto do problema em Atos 15. Leia o capítulo e observe estes fatos: A doutrina foi decidida por Deus, e os homens simplesmente discutiram e estudaram para chegar à verdade já revelada; O problema de falsa doutrina começou com evangelistas que saíram de Jerusalém, e foi corrigido na fonte; Irmãos de fora vieram para apresentar o problema e pedir esclarecimento, não para criar nenhum tipo de organização maior do que a congregação local; Sabendo que a doutrina errada foi espalhada, cartas foram enviadas para corrigir o erro. Atos 15 não contradiz o padrão de autonomia de congregações locais encontrado no Novo Testamento. Não temos direito de criar ou manter organizações e hierarquias não autorizadas por Deus.
A igreja do segundo século
Um dos principais motivos em distribuir este estudo e outras matérias é para incentivar pessoas honestas a seguir o padrão do Novo Testamento como a revelação completa e suficiente de Deus. A base desse propósito é sólida e bíblica, mesmo se lutamos às vezes para cumprir a grande responsabilidade que Deus tem nos dado. É importante lembrarmos que as afirmações mais fortes no Novo Testamento sobre a importância e suficiência das Escrituras vêm dos apóstolos que melhor conheciam a glória e autoridade de Cristo. Em duas ocasiões, Jesus deixou a luz de sua glória brilhar de uma maneira especialmente visível. A primeira vez, Pedro, João e Tiago testemunharam a transfiguração (Mateus 17:1-8). Na outra ocasião, Saulo de Tarso (depois conhecido como o apóstolo Paulo) viu a luz e ouviu a voz de Jesus (Atos 9:1-7). Tiago foi o primeiro dos apóstolos a morrer (Atos 12:1-2), mas os outros três (Pedro, João e Paulo) continuaram durante alguns anos. Escreveram entre eles, pelo menos, 20 dos 27 livros do Novo Testamento.
Os mesmos estão entre os principais personagens no livro de Atos. Esses homens foram absolutamente convencidos da grandeza de Jesus e da autoridade de sua palavra. Nos livros deles, não há sombra de dúvida sobre a suficiência da palavra revelada no primeiro século. Leia cuidadosamente as seguintes passagens: João 12:47-50; Atos 4:12; 17:30-31; 1 Coríntios 4:6; 11:1; Gálatas 1:6-10; 1 Tessalonicenses 2:13; 2 Timóteo 3:16-17; 2 Pedro 1:3; 2 João 9-11; Apocalipse 3:3.
Um estudo desses trechos mostra que as Escrituras, como já reveladas no primeiro século, servem de padrão completo e suficiente para o nosso serviço a Deus hoje. Devemos obedecer aos mandamentos e respeitar os exemplos encontrados no Novo Testamento, porque é somente assim que saberemos a vontade de Deus para hoje. O alvo de cada cristão verdadeiro é seguir as instruções que Jesus deixou para os primeiros seguidores. Cada igreja dedicada ao Senhor vai, necessariamente, se preocupar em fazer tudo que ele pede no Novo Testamento, e mais nada. Enquanto o nosso apelo é simples e bíblico, ninguém deve pensar que é sempre fácil. Como Jesus e seus discípulos enfrentaram diversas “autoridades” que defendiam suas instituições e as religiões estabelecidas por homens, ainda há muitos que querem defender as tradições humanas, e que sentem um desejo maior de manter suas posições entre homens do que fazer a vontade de Deus.
Algumas dessas pessoas lutam com a contradição entre sua suposta lealdade a Cristo e as doutrinas e práticas humanas que defendem. Muitas vezes, acabam se justificando desta maneira: “Eu sei que tal coisa não se encontra no Novo Testamento, mas a história mostra que as igrejas do segundo ou terceiro século a praticaram; então, estamos seguindo o exemplo daqueles cristãos.” Pense nos perigos desta abordagem às questões espirituais.
A apostasia não demora. A Bíblia está cheia de exemplos de povos que desviaram da verdade em pouco tempo. Considere alguns: os israelitas começaram murmurar na primeira semana depois do êxodo, e caíram na idolatria menos de três meses depois; quase todos eles morreram no deserto por causa de desobediência a Deus; diversas gerações abandonaram o Senhor na época dos juízes; muitos dos seguidores de Jesus desviaram enquanto ele ainda estava na terra; Paulo predisse apostasia entre os presbíteros da igreja de Éfeso; alguns dos cristãos gálatas já estavam abandonando o evangelho quando Paulo lhes escreveu sua carta; Tiago falou na sua carta sobre irmãos desviados; Pedro falou de pessoas que voltaram ao pecado como cachorros lambendo o vômito; João disse que já houve vários anticristos; etc.
Depois do primeiro século, quem pode confiar no segundo? Até o fim do primeiro século, já houve uma tendência forte de alguns irmãos se desviarem da verdade. Deus claramente viu congregações diferentes — algumas fortes e outras fracas e mortas — e já estava prestes a castigar algumas e vomitar outras (examine as cartas às igrejas da Ásia em Apocalipse 2 e 3). Se tudo isso já estava acontecendo no primeiro século, quem teria coragem de confiar nos exemplos de igrejas do segundo século? Nós temos que voltar às ordens dadas no Novo Testamento, considerando os exemplos aprovados pelo Senhor. Mas não temos nenhum direito de defender alguma doutrina ou prática porque já existia no segundo século.
“Mas eles dizem: Não andaremos.” O apelo que Deus faz hoje é o mesmo que fez através de Jeremias: “Assim, diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos” (Jeremias 6:16). Quando Jeremias pregou tais palavras, ele foi fortemente criticado. Qualquer pessoa hoje que fala contra as mudanças que os homens estão introduzindo nas igrejas vai ser criticada. As congregações que decidem manter sua independência no serviço de Deus, não se alinhando com nenhum tipo de denominação ou associação de igrejas, crescerão na fé, mas serão atacadas pelos fariseus e escribas da nossa época, que querem defender partidos políticos e tradições humanas para manter seu poder e influência.
Este comentário do historiador John L. Mosheim, sobre as mudanças do segundo século, descreve bem as tendências de muitos hoje que querem melhorar o plano de Deus: “Durante grande parte deste século todas as igrejas continuavam a ser, como a princípio, independentes umas das outras, nem eram ligadas por nenhum consórcio ou confederação … Mas, com o passar do tempo, tornou-se costume para todas as igrejas cristãs dentro da mesma província unirem-se e formarem uma espécie de sociedade ou comunidade mais ampla; e, à maneira das repúblicas confederadas, manterem suas convenções em tempos determinados, e ali deliberarem pela vantagem comum de toda a confederação…. Estes concílios — dos quais não aparece nenhum vestígio antes da metade deste século — mudaram quase toda a forma da Igreja.” (História Eclesiástica, Vol. I, pág. 116).
Durante os últimos dez anos de trabalho no Brasil, eu tenho observado a sinceridade de muitas pessoas corajosas que têm enfrentado pastores, presbíteros, convenções, etc. na defesa do evangelho puro. Algumas dessas pessoas estavam em sistemas denominacionais, mas, perceberam pelo estudo da palavra de Deus que foi necessário sair do meio daqueles erros para estar em comunhão com Deus (2 Coríntios 6:14 – 7:1). Eu dou graças a Deus pelo exemplo e a fé de tais pessoas, e oro que Deus continue abençoando os vários grupos independentes que estão seguindo a palavra dele em várias partes do país, e em outros países.
Mas, ao mesmo tempo, alguns outros que começaram bem estão abandonando o padrão do Novo Testamento para organizar denominações humanas. Ao invés de buscar a Deus, “segundo nos fora ordenado”, (1 Crônicas 15:13), essas pessoas defendem vários erros em nome das “nossas igrejas” ou de “nossos missionários”. E, como os profetas de antiguidade foram criticados e rejeitados, as pessoas que ensinam contra esses desvios serão criticadas e rejeitadas hoje. Mas, vamos lembrar que é melhor estar sozinhos com Deus do que no meio da multidão que rejeita a palavra dele. Para entender bem o perigo de abandonar o Senhor e seguir as ideias humanas, considere alguns exemplos atuais de coisas que estão acontecendo no Brasil entre pessoas que alegam seguir somente a Bíblia. Procure na sua Bíblia para ver se essas ideias refletem as praticas das igrejas aprovadas por Deus no primeiro século, ou das que desviaram dele no segundo século ou depois.
Um presbítero afirmou para mim que a igreja hoje precisa seguir o Novo Testamento, mas defendeu os direitos de um homem sem filhos crentes ser o único pastor de uma congregação. (Estude Atos 20:17; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9).
Um jornalzinho evangélico criticou os grupos que não defendem nenhuma placa de igreja. (Leia Marcos 9:38-41; 1 Coríntios 1:10-13).
Um evangelista atacou uma congregação que ele nem conhece por não praticar um determinado ato de louvor da maneira que ele ensina. Ele mesmo admite que tal prática, não se encontra na Bíblia. A defesa dele: algumas igrejas do segundo século a praticaram! (Lembre-se de Gálatas 1:6-10).
Em diversos lugares, pessoas que dizem ser fieis a Cristo estão organizando conferências e convenções regionais e nacionais, sociedades missionárias e encontros de pastores. Aos poucos, tais reuniões estão tomando mais e mais liberdade em fazer decisões que envolvem várias congregações, criando organizações denominacionais. De vez em quando, recebo convites para participar de encontros deste tipo, mas os convites ainda não vieram acompanhados por explicações bíblicas nem do porquê de tais reuniões e convenções. (Leia Atos 20:28; 1 Pedro 5:1-3). Na mania de criar ou manter uma imagem de serem igrejas importantes e de influência no mundo, algumas congregações não suportam a sã doutrina, mas convidam políticos ou pregadores não cristãos, que nem ensinam a verdade sobre a salvação, para ensinar e participar de seu louvor. (Pense em 1 Timóteo 5:20-22; 2 João 9-11).
Caro leitor, examine bem o que você mesmo faz e apoia. As denominações continuarão defendendo suas tradições, e homens descontentes com a simplicidade do padrão bíblico criarão novas denominações. Mas você pode fazer como Jesus, e servir a Deus livre das doutrinas e tradições erradas dos homens. Que Deus te abençoe na sua procura da verdade.
Qual a diferença entre pastor, bispo e presbítero? Duração:
No Novo Testamento, as palavras pastor, bispo e presbítero descrevem os mesmos homens (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-3; Tito 1:5-7). Eles servem em congregações locais, cuidando do rebanho de Deus. As várias palavras identificam os mesmos servos, mas cada palavra tem seu próprio significado. Essas variações de sentido ajudam para mostrar aspectos diferentes do trabalho dos homens que cuidam de uma congregação.
Pastor é uma palavra comum na Bíblia. Frequentemente se refere aos pastores de ovelhas, pessoas responsáveis pelos rebanhos. Tais homens protegiam, guiavam e alimentavam as ovelhas. O Espírito Santo usou esta palavra, várias vezes, no Antigo Testamento num sentido figurativo, descrevendo guias espirituais. Deus é chamado de Pastor desde a época dos patriarcas (veja Gênesis 49:24-25). Salmo 23 descreve o Senhor como pastor do seu servo fiel.
O autor, um pastor de ovelhas na sua juventude, descreve o carinho e a proteção de Deus para com seus seguidores. Moisés descreveu o homem escolhido para guiar o povo como pastor (Números 27:17). Infelizmente, nem todos os pastores são bons. Deus condenou fortemente os pastores egoístas que devoravam o rebanho de Israel (Ezequiel 34:1-10). No Novo Testamento, homens qualificados devem pastorear o rebanho, a congregação do Senhor (1 Timóteo 3:1-7; Atos 20:28-35; 1 Pedro 5:1-3).
Bispo vem da palavra grega episkopos, que quer dizer supervisor ou superintendente. Em 1 Pedro 2:25, se refere ao Senhor. Várias outras passagens usam essa palavra para descrever a responsabilidade de homens escolhidos para guiar os discípulos de Cristo no seu trabalho na igreja (veja Atos 20:28; Filipenses 1:1; 1 Timóteo 3:2; Tito 1:7).
Presbítero (ancião em algumas versões da Bíblia) descreve alguém de idade mais avançada. A palavra é usada na Bíblia para identificar alguns dos líderes entre os judeus. No livro de Atos e nas epístolas, os homens que pastoreavam e supervisionavam as igrejas locais foram frequentemente chamados de presbíteros (veja Atos 11:30; 14:23; 15:2,4,6,22,23; 16:4; 20:17; 21:18; 1 Timóteo 5:17,19; Tito 1:5; Tiago 5:14; 1 Pedro 5:1; 2 João 1; 3 João 1). São homens de idade suficiente que tenham filhos crentes. Necessariamente são alguns dos mais maduros dos cristãos na congregação. Usam seu conhecimento e experiência para servir como modelos e ensinar o povo de Deus.
Pastores, bispos e presbíteros não são três ofícios diferentes, e sim três palavras que descrevem aspectos diferentes dos mesmos homens. Igrejas que procuram manter distinções entre pastores, bispos e presbíteros não somente fogem do padrão bíblico como também perdem a riqueza das palavras que o Espírito Santo usou para descrever os guias do povo de Deus.
(Zeitgenössische Orthodoxe Theologie)